Compreendemos que a avaliação está presente em qualquer momento da vida do ser humano seja qual for a sua formação, atividade e condição social, não se restringindo apenas aos ambientes de aprendizagem formal ou informal.
Nossa concepção pedagógica acredita que a educação e a escola baseiam-se no respeito à cultura primeira do Ser, valorizando suas potencialidades, respeitando seus limites, seus traços e seus ritmos, onde a avaliação se traduz em ação construtiva, que busca através do diálogo, a formação pessoal desse ser e a construção do conhecimento.
“Se, na verdade, o sonho que nos anima é democrático e solidário, não é falando aos outros, de cima pra baixo, sobretudo, como se fôssemos os portadores da verdade a ser transmitida aos demais, que aprendemos a escutar, mas é escutando que aprendemos a falar com eles.”
(FREIRE, 1998:127)
Nesse contexto, a avaliação deve ser emancipatória, processual, dialógica e possibilitadora de movimentos de ação-reflexão-ação. A avaliação não pode se reduzir apenas a uma medição do que o aluno sabe ou não, precisa representar um ato investigativo, que acontece no decorrer do processo ensino-aprendizagem e onde um conjunto de fatores indica os progressos em relação à aprendizagem do individuo, orientando as ações educativas. O ato investigativo se constitui numa ação construtiva de acompanhamento e apoio incondicional, de todas as formas, do educando, ao mesmo tempo em que propicia ao educador a revisão de seus procedimentos. O educando deve ser agente ativo da sua aprendizagem, onde “a sala de aula se transforma em um verdadeiro círculo de investigação do conhecimento e dos processos de abordagem do conhecimento”, como sugere José Eustáquio Romão (2005 :100), pois dessa forma a avaliação será realmente instrumento auxiliar da melhoria dos resultados finais.
A avaliação não compreende apenas o processo-ensino aprendizagem, mas uma constante reflexão sobre toda a instituição e os profissionais que nela atuam, considerando os valores expressos no Projeto Pedagógico. Aos educadores cabe analisar sua prática num momento de ação-reflexão-ação, intervindo qualitativamente no desenvolvimento do processo pedagógico, nas relações e em todas as dimensões do fazer escolar. Pois, como afirma Prado de Sousa (1999, p. 145), “avalia-se para identificar necessidades e prioridades, e situar o próprio professor e o aluno no percurso escolar”.
Dentro do processo avaliativo, acreditamos que seja importante a presença dos Conselhos de Classe Participativos que tem por objetivos: acompanhar e avaliar de forma coletiva o processo de ensino-aprendizagem dos educandos; oportunizar condições de avaliar o Currículo e os Planos de Estudo previstos para cada período letivo, bem como analisar a prática docente; proporcionar momentos de auto-avaliação para os educandos e educadores, e definir encaminhamentos referentes aos mesmos. Participam das reuniões de Conselho de Classe todos os educadores que acompanham a turma, a Supervisora e os educandos. Sua periodicidade é trimestral.
A Educação inclusiva também necessita de um encaminhamento especial na avaliação, onde os educandos que apresentam laudo de alguma necessidade especial terão uma ACI – Adaptação Curricular Individualizada, com vistas ao planejamento de atividades diárias e ações avaliativas que realcem todo o processo evolutivo do aluno.
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